Em razão de que se educam as crianças: da aprendizagem ou do desempenho escolar?

Autores

  • Karlane Araujo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)/Brasil
  • Jose Melinho de Lima Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Brasil

DOI:

https://doi.org/10.37444/issn-2594-5343.v3i4.202

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir o cerne da questão em razão de que se educam as crianças, estabelecendo um confronto entre as concepções interacionistas acerca da aprendizagem e a premissa de maximizar o rendimento escolar infantil para obter melhor rentabilidade do investimento público. Partindo de um estudo teórico em diversas obras, conclui-se que as convicções de Piaget, Wallon e Vygostky, apesar de apresentem abordagens distintas a respeito do desenvolvimento, da aprendizagem e da educação da criança, partem do pressuposto de que a criança deve ser percebida como um todo integrado, e não restrita ao seu aspecto cognitivo. Entretanto, na prática, em função da supremacia da lógica neoliberal, que subordina a função social da educação para atender a demandas econômicas, as teorias interacionistas estão sendo desprezadas e subutilizadas nas escolas de educação infantil e ensino fundamental em detrimento da política contemporânea de avaliação educacional, que tende a massificar e a classificar nossas crianças em nome de uma educação de qualidade, a qual se legitima a partir dos resultados dos testes padronizados. Portanto, a ênfase na avaliação e nas provas externas distorce as finalidades da educação, porque nega o direito de aprendizagens, impõe um ideal de aluno e de criança, bem como não prevê o social e o afetivo da criança

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

ARAUJO, Karlane; DE LIMA NETO, Jose Melinho. Em razão de que se educam as crianças: da aprendizagem ou do desempenho escolar?. Revista Educação, Psicologia e Interfaces, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 83–97, 2019. DOI: 10.37444/issn-2594-5343.v3i4.202. Disponível em: https://educacaoepsicologia.emnuvens.com.br/edupsi/article/view/202. Acesso em: 1 jul. 2025.

Edição

Seção

Dossiê (2019): Inclusão e Diversidade (Finalizado)