HOMICÍDIO FAMILIAR: UM CASO DE PARRICÍDIO SEGUIDO DE FAMILICÍDIO E HOMICÍDIO
Abstract
O artigo trata de um caso de parricídio seguido de familicídio e homicídio, no qual o desfecho criminoso não ocorreu, segundo avaliação psiquiátrica pericial, devido a presença de doença mental e perturbação da saúde mental, à época dos crimes. Tem por objetivo investigar hipóteses diagnósticas que possibilitem compreender o comportamento criminoso deste homicida à luz do DSM-5 e da teoria psicanalítica. As informações foram coletadas em documentos de acesso aberto como matérias, entrevistas e vídeos que reportaram a história pré-delito, delito e pós delito do criminoso. Aborda o homicídio familiar, a doença mental e o diagnóstico no âmbito forense. Através do exame psíquico identificou-se sinais e sintomas no comportamento do homicida que apontam para um possível transtorno de personalidade antissocial. O homicida revela ter uma infância marcada por muito trabalho e surras do pai. Observou-se que a conduta rígida e violenta do pai somada à presença de uma mãe fálica pode ter impedido do homicida internalizar o pai como modelo identificação o que levou a permanecer numa posição infantilizada. Conclui-se que os comportamentos antissociais do homicida representam uma patologia do seu narcisismo traduzida na regressão-compensação anal pelo acumulo de posses, deixando uma marca do infantilismo no seu psiquismo.