Aula de campo como estratégia complementar no ensino de criptógamas e espermatófitas

  • Aparecida Barbosa de Paiva Universidade Estadual do Ceará/Brasil
  • Fabrício Bonfim Sudério Universidade Estadual do Ceará/Brasil

Resumo

O presenteartigo tem o objetivo de relatar uma experiência na monitoria das disciplinas de Morfologia e Taxonomia de Espermatófitas e Criptógamas, no Curso de Ciências Biológicas da FAEC/UECE, especificando e socializando as metodologias empregadas durante uma aula de campo em Pacoti-Ce. Os objetivos específicos e as atividades planejadas para a aula foram: realizar trilhas ecológicas e coletar espécies vegetais; dar instruções do manejo na coleta; orientar sobre conservação e relações ecológicas; fazer registros fotográficos; produzir exsicatas; aperfeiçoar o conhecimento da monitora; destacar as potencialidades da aula numa perspectiva progressista e interdisciplinar; e usar o aplicativo “Pl@nt Net” na identificação de espécies. Na turma de Espermatófitas as atividades foram planejadas com ênfase nas gimnospermas e nas angiospermas. Na turma de Criptógamas as atividades tiveram foco no estudo de briófitas, pteridófitas, fungos e líquens. Durante a aula, houve familiarização com a nomenclatura botânica vista nas aulas expositivas, produção de exsicatas, posterior utilização de chaves de identificação, e uso do aplicativo, que possibilitou a identificação das espécies coletadas e o registro de uma espécie que não constava na base de dados dessa ferramenta. Concluímos que a experiência proporcionou ganho intelectual, didático e científico a todos os envolvidos, além da percepção do potencial didático de uma aula de campo como estratégia complementar no ensino de botânica.

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Publicado
18-12-2018