PERSPECTIVA TERAPÊUTICA DA PEDAGOGIA DO OPRIMIDO DE PAULO FREIRE: uma leitura fenomenológico-existencialista

  • Raisa Grasiele Rodrigues de Almeida Faculdade Maurício de Nassau
  • Emmanoel de Almeida Rufino Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (Campus João Pessoa)

Resumo

Neste estudo, acolhemos as leituras freirianas sobre o fenômeno educacional transpondo-as metaforicamente ao setting terapêutico, por considerarmos que há certa similaridade entre esses espaços de formação do ser: formal ou informalmente, ambos são ambientes de ensino-aprendizagem. As reflexões que Paulo Freire desenvolve na obra Pedagogia do oprimido nos apontam prismas provocadores e pertinentes à experiência terapêutica que floresce entre psicólogos(as) e clientes e, conforme pretendemos evidenciar neste estudo, dialogam coerentemente com uma abordagem – em especial – na área da psicologia: a abordagem centrada na pessoa (ACP) de viés fenomenológico-existencialista. Diante disso, a problemática que guia este estudo assim se revela: como a obra Pedagogia do oprimido pode nos ajudar a pensar experiências terapêuticas num viés fenomenológico-existencialistas? As discussões desenvolvidas nos levam a uma compreensão mais apurada a respeito do horizonte de ação/atuação dos profissionais da educação e da psicologia nos seus ambientes terapêuticos. Dentre as muitas conclusões a que nos apontam a presente investigação, destacamos a importância da construção intersubjetiva de interações dialógicas vertidas à promoção emancipatória de si e do outro, cenário que, dentre outras coisas, pretere relações de opressão por considerar que todos os envolvidos em settings terapêuticos e em salas de aula têm algo a aprender com o outro.

Publicado
04-04-2018