ESTÁDIOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO E SEU POTENCIAL NA RENOVAÇÃO DO TECIDO URBANO: UMA PERSPECTIVA CONTEMPORÂNEA
Resumo
A segunda metade do século XX, consolidou o futebol como um importante ramo da indústria do entretenimento no Brasil e assim sendo, deflagrou a necessidade de projetar estádios mais eficientes. Portanto, é notória a necessidade de se reavaliar o arquétipo do estádio de futebol brasileiro por meio de estratégias de projeto que incorporem as principais tendências contemporâneas, permitindo a estes edifícios tornarem-se qualificadores do espaço urbano construído, especialmente neste momento em que o país será sede de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Além disto, a organização destas competições, juntamente com a consolidação da indústria esportiva nacional, deve ser compreendida como uma possibilidade de desenvolvimento de sistemas de infraestrutura urbana e políticas sociais que contribuam para a regeneração de áreas subutilizadas. Os resultados obtidos pelo presente artigo indicaram que as tendências arquitetônicas apresentadas pelos estádios contemporâneos são consequências de transformações morfológicas que incorporaram ao edifício novas tecnologias e sistemas construtivos que reafirmam a sua função enquanto regeneradores de tecidos degradados. Desta forma, o estudo dos estádios contemporâneos, possibilitou identificar as diretrizes de projeto que possibilitam repensar esta tipologia arquitetônica, permitindo assim que o mesmo seja parte integrante de processos de regeneração de seu contexto edificado.