RELAÇÕES DE SABER E DE PODER NOS DISCURSOS SOBRE SEXUALIDADE
Resumo
Esse artigo tem o objetivo buscar refazer a história da sexualidade no Ocidente, desde as suas raízes mais longínquas, procurando traçar um panorama da evolução dos costumes nos quais a sexualidade se desenvolveu e assim compreender as diversas formas de vivenciá-la no decorrer dos tempos até a atualidade. Hoje temos uma visão de sexualidade e uma utilização do sexo como mercadoria na sociedade capitalista, pois tudo o que se refere a esse assunto “vende”. Mas, se retomarmos a história, perceberemos que a sexualidade reveste-se de significações diferentes em cada época e sofre influências de uma estrutura sócio-histórica-cultural que define valores e regras e dá contornos à forma de entendê-la e vivenciá-la. Buscamos como base teórica os autores Foucault (1985, 1993 1998), Nunes (1987,1996, 1997), Louro (2000), Merleau-Ponty (1975, 1996) Vigotski (1934/1998, 1984/2002, 1994, 1996, 2004) entre outros. A análise das raízes históricas da sexualidade permite reforçar o argumento de que a sociedade em que vivemos ainda se encontra dividida, hierarquizada e marcada por conceitos e discursos de séculos anteriores que abordam a sexualidade como um objeto a ser escondido e regrado.